São João Batista
Festa 24 de junho
São Lucas, no capítulo 1º do seu Evangelho, o apresenta como filho na velhice estéril do sacerdote Zacarias e de sua esposa Isabel. Zacarias, sendo sua vez de exercer seu sacerdócio no Templo de Jerusalém, teve a visão do Arcanjo Gabriel, que lhe anunciou o nascimento do menino, mas ele duvidou. Por isso ficou mudo, até o nascimento de João, nome que não havia em sua família, mas que o Anjo tinha determinado. Ainda sem poder falar, escreveu: “João é o seu nome”. “Batista” foi acrescentado bem mais tarde, pelo seu ministério de preparar a vinda de Cristo, pregando penitência e batizando com água como gesto de conversão dos que o procuravam e ouviam.
Foi santificado pela presença de Jesus, quando Maria Santíssima visitou Isabel, ainda ambos nos ventres de suas mães. Nesta ocasião, a Virgem Imaculada entoou seu canto profético, o “Magnificat”.
João pastoreou nas estepes próximas a Belém e, já adulto, começou seu ministério profético nas margens do rio Jordão (Mt 3,1-10; Mc 1,4-6; Lc 3,1-9). Ele anunciava a vinda do Reino (Mt), o Dia do Juízo (Mt e Lc) e convocava todos ao batismo de penitência (Mt e Mc).
Ele se vestia de modo muito austero, que recordava o grande profeta Elias (Mt), como também sua vida no deserto. Lucas recorda passagens de seu ensinamento moral (3,10-14): generosidade com os pobres, renúncia à violência e opressão.
João anunciava a vinda do Messias, o Cristo, como juiz (Mt 3,11-12; Mc 1,7-8; Lc 3,15-18). O Messias batizaria “com o Espírito Santo e fogo”, e o batismo dele, João, era apenas preparatório.
João reconheceu Jesus como o Messias anunciado (Mt 3,13-17; Mc 1,9-11; Lc 3,21-22). Muita gente o procurava (Mt 3,5.7; Mc 1,5).
O Evangelho segundo São João não é muito diferente dos outros três, os Sinóticos. Segundo o 4º Evangelho, João foi enviado por Deus “para dar testemunho da Luz” (1,6.15). Ele negou ser o Messias (Lc 3,15-16) e apontou Jesus como “o Cordeiro de Deus”. Este testemunho é reiterado em Jo 3,25-30.
Preso por Herodes Antipas, a quem tinha censurado publicamente por seu adultério com a esposa do seu próprio irmão, Herodes Filipe (Mt 4,12; Mc 1,14; Lc 3,19-20). Veio a ser executado, embora Antipas gostasse de ouvi-lo, por artifício de sua mulher, sendo degolado (Mt 14,1-12; Mc 6,14-28; Lc (,7-9).
Em Jo 10,41, ficou registrado um elogio de Jesua a seu Precursor, chamado de “tocha ardente e luminosa” e “testemunha da verdade”, destacando sua influência sobre o povo.
A festa do dia 24, as fogueiras “da noite de São João”, comemoram o natal, o nascimento de São João Batista. Apenas seu nascimento, o nascimento da Virgem Maria e do próprio Jesus são comemorados liturgicamente. Todos os demais santos e santas são lembrados, em geral, na data de suas mortes, ou “nascimentos para os céus”.