Ética – Amar
Ver “Agostinho através dos tempos, Org. A Fitzgerald, “Ética”,Gerald W. Dchlabah, p 416, Paulus / SP
Para aprender a amar como se deve, em meio ao pecado e às futilidades, as criaturas precisam amar como se deve, como ainda não haviam feito: amando a Deus na confiança, pois “feliz aquele que te ama, ó Deus, e ama seu amigo em Ti e a seu inimigo por causa de TI . Com efeito, só este não perde nenhum ente querido . Para ele todos são amados n’Aquele que não se pode perder” (Confissões 4,14). Para amar como se deve os amigos, os próximos e as outras criaturas, o ser humano deve relativizar esse amor, desvalorizando o objeto do seu amor como um instrumento do egocentrismo e, no entanto, redescobrindo seu valor verdadeiro e estável, enquanto é Deus, a Fonte de todas as coisas, que as cria e as protege (Confissões 4,18).
Para ser mais que um acordo sobre um uso, ao mesmo tempo instrumental e necessariamente condenado à ruína, mesmo o mais nobre amor humano deve ser garantido pelo laço que Deus cria entre aqueles que se ligam mutuamente através do amor “derramado em nossos corações pelo Espírito Santo” (Rm 5,5). Nenhum amor justo, conclui Santo Agostinho, seria finalmente seguro, a menos que esteja orientado para a Fonte da sabedoria e de todos os outros bens, que o conduz ao Amor de Deus.
Todos os outros objetos de amor mudam, passam e perecem, a menos que Deus lhes confira estabilidade. Assim, se os corpos te agradam, louva a Deus por causa deles , a fim de que, naquilo que te agrada, tu não O desagrades Se as almas te agradam, que elas sejam amadas em Deus” (Confissões 4,18).