Santa Rita de Cássia (1381-1457)
A Santa dos Impossíveis.
27 de maio
Num tempo de peste e flagelo, que atualmente chamamos de “pandemia”, numa situação de risco e aflições, é um alívio recordar e venerar esta santa tão querida e que é chamada, popularmente, de “a Santa dos Impossíveis”.
“Rita” é abreviatura de “Margarida”. Ela nasceu numa aldeia da montanha perto de Cássia, província italiana da Perúgia. Os pais a criaram com carinho, mas escolheram mal o marido. Naqueles tempos eram os pais que combinavam os casamentos. Rita se submeteu, e aceitou Fernando Mancini, que se revelou um marido violento. Alguns dizem que era um assaltante de viajantes nas estradas.
Rita teve dois filhos com ele: João Tiago e Paulo. Se fosse nos tempos de Gandhi, diríamos que usou a não violência. Com trabalho bem feito, prestativa, boa mãe, muitas lágrimas e orações aos pés do Crucifixo, ela obteve a primeira grande graça impossível: a conversão do marido.
Mas ele tinha rastros deixados por suas violências. Um dia, no caminho, um ofendido o achou sozinho e se vingou, matando-o. Rita ficou viúva. Empenhou-se para que seus dois filhos não tomassem, por sua vez, vingança. Também conseguiu que perdoassem: a segunda graça impossível. Eles morreram em paz, um ano depois.
Quis seguir então a vocação religiosa. Procurou por três vezes as Irmãs Agostinianas de Santa Maria Madalena, mas era recusada. Não era virgem, mas uma mãe e viúva! Consta que houve, então, um milagre. Teve uma visão de seus três santos padroeiros: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Ele a introduziram em pleno coro das freiras, que muito se surpreenderam.
Afinal aceita, logo se tornou admirada como modelo de oração, de obediência e de caridade. Tinha uma grande ânsia de se associar à Paixão do Bom Jesus. Foi concedido por Ele um cravo na testa, desprendido do crucifixo, diante do qual Rita rezava. A ferida só fechou depois de sua morte. Por isso ela costuma ser representada com um crucifixo nas mãos e um espinho ou cravo na testa.
Sua aceitação pelas freiras foi, sem dúvida, a terceira graça impossível.
Que ela nos acuda nas grandes dificuldades pelas quais passamos!
Santa Rita dos Impossíveis, rogai por nós!