Santa Isabel da Hungria (1207-1231)
17 de novembro
Será que pode acontecer que alguém seja detestado e perseguido por gastar seu dinheiro e suas forças em cuidar dos pobres e desvalidos? Ainda mais tendo sido rainha? Assim sofreu Santa Isabel da Hungria, jovem viúva, noiva aos 4 anos, casada aos 14, mãe aos 15, viúva aos 20 anos, nascida para os céus aos 24 (a mesma idade de Santa Teresinha), ela foi canonizada pelo Papa Gregório IX, apenas 4 anos depois de sua morte (1231).
Não escolheu o marido. Isto era assunto de família. Decidiram por elas seus pais, o Rei André da Hungria e sua esposa Gertrudes. Combinaram o matrimônio com o Duque da Turíngia. Combinaram bem, pois Isabel amou ardentemente Luís IV, teve três filhos com ele, em 6 anos de casada: Hermano, Sofia e Gertrudes. Disse uma vez: “Se eu amo tanto uma criatura mortal, quanto mais não deverei amar Deus nosso Senhor”!
Não há bem que sempre dure… Seu marido estava para embarcar numa cruzada contra o poder islâmico invasor das terras cristãs, no porto italiano de Otranto, quando adoeceu e veio a falecer. A jovem viúva retirou-se da corte para outra cidade, depois para um castelo, e, em seguida, para uma modesta casa em Marburgo, onde fez construir um hospital para os pobres, usando todos os seus bens. Não toleravam sua generosidade, coisa que lhe vinha também do tempo de jovem aristocrata e depois duquesa. Já a tinham privado do convívio com os filhos. Julgavam que eles deviam ser educados como ricos fidalgos e não como cidadãos do Reino de Cristo.
Então Isabel entrou na Ordem Terceira de São Francisco, acolheu as duras diretivas de um confessor franciscano, e, servindo aos pobres morreu bem cedo. O povo a canonizou antes do Papa. Logo que a notícia se espalhou, ele a invocou como santa. Várias congregações religiosas se fundaram para imitá-la no serviço dos desvalidos com seu nome. No Brasil, entre suas devotas, se conta a Princesa Isabel. Por sua influência se construiu uma igreja, em Caxambu / MG, dedicada a Santa Isabel da Hungria. A Princesa imperial brasileira atribuía a ela o ter se tornado mãe fecunda.