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Santa Dulce do Brasil, da Bahia, dos Pobres

26.V.1914 – 13.III.1992

No dia 13 de outubro temos o júbilo de ver nossa baianinha ser inscrita pelo Papa Francisco no catálogo ou cânon dos Santos e Santas da Mãe Igreja. Ela foi batizada como Maria Rita – Maria Rita Brito Lopes Pontes. Desde jovem seu coração se inclinava para os doentes abandonados e convenceu seus bons pais a acolhê-los na própria casa da família. Mas não era suficiente. Conseguiu um galinheiro abandonado no Convento de Santo Antônio. Ali, com fé, esperança e amor, fez surgir, com a graça de Deus, o Hospital Santo Antônio, que, atualmente, atende cerca de 5 mil pessoas cada dia. Foi uma das maiores obras de caridade do século passado, mas não foi sua única iniciativa. Não é à toa que ela foi chamada, em vida de “Anjo bom da Bahia” ou “Santa Irmã Dulce dos Pobres”.

Para muitos, a figura dela em sua idade avançada, miúda, curvada, face enrugada, olhar sereno ficou gravada. Nunca parou de trabalhar pelos seus pobres, a quem visitava todo dia e acarinhava. Talvez, este cuidado tenha realizado mais curas do que os remédios, que providenciava.

Aos 13 anos, teve oportunidade de acompanhar uma tia em visitas aos necessitados em áreas carentes, quando começou a ajudar mendigos, enfermos e desvalidos. Quis entrar para o Convento de Santa Clara do Desterro, mas não pôde, por ser muito jovem. Continuou seus estudos e se formou professora primária em 1932. No ano seguinte, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Tinha 19 anos. Foi designada professora no Colégio que elas mantinham em Salvador, na Cidade Baixa. Lecionava e acudia os pobres das redondezas. Tinha 22 anos, quando, com o franciscano Frei Hidelbrando, fundou a União Operária de São Francisco e, no ano seguinte, os dois criaram o Círculo Operário da Bahia, mantido com as rendas de três cinemas, que os dois tinham construído e montado com doações. Trabalhavam para a promoção social e cultural dos operários e defesa dos seus direitos, mas também para difundir cooperativas.

Em 1939, Irmã Dulce inaugurou o Colégio de Santo Antônio para operários e seus filhos. Também invadiu 5 casas abandonadas na Ilha do Rato, par abrigar seus doentes desvalidos. Expulsa do local, ela os levou a vários lugares por cerca de dez anos, até transformar em albergue o galinheiro do Convento de Santo Antônio. Como dá para perceber, a espiritualidade da nossa Santa era fortemente marcada pela devoção a São Francisco e Santo Antônio. As Obras Sociais que ela liderava, com serena coragem e confiança irrestrita na Providência de Deus, sempre fiel amiga da Dama Pobreza, se tornaram conhecidas, respeitadas e não faltavam colaboradores e doadores. Na visita do Papa São João Paulo II, ela foi levada ao altar, recebeu uma especial e carinhosa bênção do Santo Padre, que lhe deu um Rosário, murmurando: “Continue, Irmã Dulce, continue!” Mas ela não parava mesmo!

Além do enorme complexo do Hospital Santo Antônio, Irmã Dulce constituiu um centro de atendimento para doentes do alcoolismo, clínica feminina, unidade de coleta e transfusão de sangue, centro de reabilitação e prevenção de deficiências, o Centro Educacional Santo Antônio, na cidade de Simão Filho / BA, com cerca de 300 jovens e adolescentes de 3 a 17 anos, dando acesso a cursos profissionalizantes. Seu Círculo Operário da Bahia, além de atividades culturais e recreativas, tem escola de ofícios. Irmã Dulce sempre acreditou na educação escolar.

Já chegando aos 50 anos de serviços de caridade, Irmã Dulce começou a mostrar cansaço, dificuldades respiratórias, tendo sido internada no Hospital Português da Bahia. Dali foi transferida para a UTI do Hospital Aliança, e, finalmente, voltou a seu Hospital Santo Antônio, onde São João Paulo II, que percorria o Brasil em sua segunda visita, foi vê-la (20.X.91), dando-lhe o Sacramento da Unção dos Enfermos e sua especial bênção.

Ela morreu com 77 anos, no dia 13 de março de 1992. Foi o seu amigo, São João Papa II que a declarou “Venerável”. O milagre da cura de uma sergipana, desenganada pelos médicos por causa de uma severa hemorragia durante o parto, foi reconhecido e permitiu sua beatificação (Salvador, 22.V.2011), A cerimônia, em Salvador, foi presidida pelo Cardeal Arcebispo Geraldo Majella Agnelo, enviado especial de Bento XVI. A data litúrgica de sua memória ficou sendo 13 de agosto.

A 13 de maio de 2019, foi reconhecido pela Santa Sé, outro milagre: a cura de uma cega. No dia 1º de julho, do mesmo ano, foi declarada santa e marcada a data da canonização para 13 de outubro deste ano, na Basílica de São Pedro, Vaticano, a ser presidida pelo Papa Francisco. Assim três sucessivos papas participaram do processo deste reconhecimento da santidade de Dulce dos Pobres como santa católica.

Agradeçamos à Imaculada Conceição, a São Francisco, Santa Clara e Santo Antônio, a seus ótimos pais, Dona Dulce Maria e Doutor Augusto! Agradeçamos sobretudo ao Senhor Bom Jesus do Bonfim!

Santa Dulce do Brasil, rogai por nós!

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Sou o Padre Jesuíta Raul Pache de Paiva, SJ, conhecido simplesmente como “Pe. Paiva”.
Nasci no Rio de Janeiro e tenho andado por muitos lugares e países. Talvez os mais distantes foram Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, conheci bem os sertões de Minas e Bahia, Marajó da floresta inundada e tenho ido a quase todos os Estados. Trabalhei em educação, também universitária, e dou cursos e retiros (em particular, conforme Santo Inácio de Loyola e seus “Exercícios Espirituais”).
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