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Salmo 7 – quando somos ofendidos

SALMO 7

 

1. Lamentação. De Davi. Quando ele cantou a Javé por causa das palavras de Cuch, o benjaminita.1
2 Sm 18, 21

2 Javé, meu Deus, em ti me refugio:
salva-me dos meus perseguidores e livra-me !
3 Que eles não me dilacerem como um leão,
que eles não me despedacem sem que ninguém me socorra!
4 Javé, meu Deus, se cometi uma culpa,
se há iniquidade em minhas mãos,
5 se retribuí com o mal a meu amigo,
se despojei, sem razão, meus inimigos,
6 que o adversário me persiga e alcance,
derrube por terra a minha vida,
e arraste meu fígado na poeira!
selah
7 Levanta-te, Javé, na tua cólera,
ergue-te contra o furor dos meus inimigos,
desperta, meu Deus, e ordena o julgamento.
8 A assembléia das nações te rodeie,
preside-a do alto contra ela!
9 Julga os povos, Javé,
julga-me conforme a minha justiça, Javé,
segundo a minha inocência, Altíssimo!
10 Põe fim às maldades dos ímpios,
dá segurança ao justo,
Jr 11,10; Sb 1,6
tu que sondas os rins e os corações, Deus justo!
11 O meu escudo é o Altíssimo Javé,
que salva os retos de coração.
12 Deus é o justo juiz,
Deus está pronto cada dia.
13 O inimigo torna a afiar a sua espada,
a retesar e apontar o seu arco.
14 Assim prepara a própria morte,
enquanto abrasa suas flechas incendiárias.
15 O ímpio produz a iniquidade,
Jó 15,35
concebe a malícia, gera a mentira.
Is 59,4
16 Escava um profundo poço,
e cai na fossa que abriu.
Sl 9,16; 35,8; Pr 26,27
Sua malícia recai sobre a sua cabeça,
Jó 4,8; Sir 27,25-27
a sua violência retombará sobre seu crânio.
18 Louvarei a Javé por sua justiça,
cantarei o nome de Javé, o Altíssimo!

 

SALMO 7

Texto muito ardente, de origem provavelmente pós-exílica, o Salmo 7 oscila entre o lamento e o juramento de inocência, este último um gênero próprio do direito sacral hebraico, acompanhado muitas vezes de um “juízo de Deus” (ordálio). Eis como R. De Vaux, conhecido estudioso das instituições de Israel, descrevia o “juramento de inocência”: “Quando o inquérito não possibilitava alcançar uma conclusão segura, ou quando o acusado não podia apresentar testemunhas de defesa, fazia-se um juramento solene em nome de Javé. Só um oráculo de salvação podia concluir positivamente esta auto-proclamação de inocência diante do supremo tribunal divino (vv. 4-14), enquadrada entre o apelo introdutório (vv. 2-3) e do agradecimento final (v. 18).

O poema é entretecido ainda por uma vasta proliferação de símbolos, que colorem vivamente o texto, nem sempre fácil. Domina a figura de Javé, juiz, sentado sobre o seu trono e rodeado do conselho do trono (vv. 8-9): é a esta derradeira instância a que apela o orante para ver reconhecida a sua inocência. Disseminado ao longo de toda a composição encontra-se o simbolismo de caráter militar, apresentando Deus como um general vitorioso que afia a espada, prepara tremendas máquinas de guerra, atira as suas flechas, nunca se cansando de empunhar o arco (vv. 12-14). O inimigo, pelo contrário, é visto como um tirano cruel que tenta golpear o justo e arrastá-lo no pó. Não se dando conta, porém, de que, segundo o princípio da “nêmesis iminente”, pelo qual o crime se volta contra quem o comete, a fossa preparada para o justo se converte em sua sepultura, e a sua violência recai sobre a sua própria cabeça (vv. 16-17).

No centro, no entanto, está a cena do grande tribunal divino, aberto “contra os povos da terra, isto é, contra as suas opressões e injustiças. Na assembleia se levanta a confissão de inocência do salmista. Ela se fundamenta substancialmente sobre a ética do talião: “não retribuir com o mal o meu amigo; não despojar, sem razão, o inimigo” (cf. v. 5). Conclui com uma áspera auto maldição (v. 6) no caso de que o conteúdo de sua confissão seja falso. Lançado este ousado ato jurídico de auto justificação, o orante aguarda, sereno, a intervenção judiciária diretamente de Deus, que, de repente, avança, acompanhado quase de uma marcha militar (v. 7). A sua ação é positiva, porque se declara em favor do justo, e negativa porque se desencadeia contra o ímpio. Deus é o “justo juiz” (v. 12) porque possui uma qualidade ignorada pelos juízes terrenos: ele pode perscrutar a mente, o coração, ou, como diz o original bíblico do v. 10, “os rins e o coração”, o inconsciente mesmo e a consciência de toda pessoa. A Deus não se pode opor nenhuma barreira. O seu olhar perfura todo manejo hipócrita, todo o mero revestimento honorífico e o seu julgamento se faz inexoravelmente imparcial. Esta é última esperança do pobre e do indefeso.

 

 

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Nossa missão neste site:

Caminhando com Ele, com Cristo, é uma Revista de Espiritualidade, fruto da insistência amiga, quando deixei de ser o encarregado do “site”de Itaici, Vila Kostka, em dezembro de 2008.
Sou o Padre Jesuíta Raul Pache de Paiva, SJ, conhecido simplesmente como “Pe. Paiva”.
Nasci no Rio de Janeiro e tenho andado por muitos lugares e países. Talvez os mais distantes foram Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, conheci bem os sertões de Minas e Bahia, Marajó da floresta inundada e tenho ido a quase todos os Estados. Trabalhei em educação, também universitária, e dou cursos e retiros (em particular, conforme Santo Inácio de Loyola e seus “Exercícios Espirituais”).
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