250awhitea250a250a
  • INÍCIO
  • CONTEÚDOS CATÓLICOS
    • COISAS DA BÍBLIA
    • COISAS DO POVO DE DEUS
    • PROSA E VERSO
    • MARIA QUEM É
    • NO SILÊNCIO DA TENDA
    • SANTOS
  • RECEITAS
  • CONTATO
CONTATO
Dois peregrinos pela justiça
01/09/2021
Maria quem é – A Água Viva – 33
05/09/2021

Salmo 18/17 “Eu te amo, meu Deus, minha Força”

 

SALMO 18 (17)

 

1 Ao mestre do coro. De Davi, servo de Javé, que dirigiu as palavras deste canto a Javé, quando Javé o libertou das mãos de todos os seus inimigos e da mão de Saul. Disse:

2 Sm 22

 

2 Eu te amo, Javé, minha força!

3 Javé, minha rocha, minha fortaleza, meu libertador,

Dt 32,4.15.18.37

meu Deus, o rochedo onde encontro refúgio,

meu escudo e poderosa salvação, minha torre de defesa!

Dt 33,17

 

4 Invoco Javé, digno de todo o louvor,

e dos meus inimigos serei salvo.

5 Rodeavam-me as ondas da morte,

engoliam-me as torrentes de Belial,1

6 envolviam-me os laços do Xeol,

apertavam-me armadilhas mortais.

7 Na minha angústia invoquei Javé,

gritei a meu Deus:

do seu templo ele escutou a minha voz,

a seus ouvidos chegou o meu grito.

8 A terra se abalou e estremeceu,

Ex 19,16.18,; Jz 5,4-5

os alicerces dos montes vacilaram,

Hab 3,3-6.8-13

sacudidos pela força de sua indignação.

9 Das suas narinas saía fumo,

um fogo devorador de sua boca,

dele saltavam carvões em brasa.

10 Inclinou-se dos céu e desceu,

tendo a seus pés escuras nuvens.

11 Cavalgava um querubim e voava,

Dt 33,26

pairava nas asas do vento

Sl 68,5

12 envolto em nuvens como por um manto.

Escuras águas e densas nuvens o cobriam como uma tenda.

13 Diante do seu fulgor, as nuvens se dissiparam

desfeitas em granizo e chispas ardentes.

 

14 Javé trovejou dos céus

Sl 29; 77,18-19

o Altíssimo fez ressoar a sua voz:

granizo e carvões ardentes!

Jó 36,29-30

15 Disparou as suas setas por todo o lado,

multiplicou os relâmpagos e foi vitorioso.

16 Viu-se, então, o fundo dos mares,

Sl 77,17

desnudaram-se os fundamentos do mundo,

diante de tua ameaça, Javé,

diante do sopro do teu furor.

17 Do alto estendeu sua mão e me segurou,

levantando-me acima das grandes águas,

18 libertando-me dos poderosos inimigos,

dos que me odiavam e me superavam com sua força.

19 Eles me tinham atacado no dia de minha desventura,

mas Javé foi o meu apoio,

20 conduziu-me a um lugar espaçoso,

e libertou-me pois me quer bem.

21 Javé me trata segundo a minha justiça,

ele me recompensa pala inocência de minhas mãos,

22 pois conservei-me nos caminhos de Javé,

e não me afastei com impiedade do meu Deus.

23 Diante de mim tenho todas as suas leis,

e não rejeito nenhum dos seus mandamentos.

24 Tenho sido perfeito em sua presença,

e conservei-me isento de toda a culpa.

 

25 Javé me trata segundo a sua justiça,

segundo a inocência de minhas mãos, perante seus olhos,

26 Com o homem fiel, tu és fiel,

com o perfeito, tu és perfeito, (Senhor);

27 com o homem puro, és puro,

com o perverso, és astuto,

28 pois tu salvas a gente pobre,

Pr 3,34

mas obrigas os soberbos a abaixar os olhos.

29 Verdadeiramente, Javé, és a luz de minha lâmpada,

Jó 29,3

o meu Deus que clareia a minha noite!

30 Contigo escalo a barreira,

com meu Deus salto os muros.

31 O caminho do Senhor é perfeito,

Sl 12,7

32 A palavra do Senhor é provada ao fogo,

Pr 30,5

ele é um escudo para quem nele confia

32 Quem é Deus, senão Javé?

Quem é o rochedo, senão o nosso Deus?

33 O Deus que me concedeu vigor,

e tornou perfeito o meu caminhar,

34 que me deu a agilidade dos pés da corça,

Hab 3,19

garantiu-me segurança nas alturas.

35 Ele treinou as minhas mãos para o combate,

e meus braços para retesar o arco de bronze.

36 Tu me ofereceste a salvação do teu escudo,

tua mão direita me sustentou,

e as tuas instruções me fizeram poderoso.

36 Preparaste um caminho plano para os meus passos,

e assim meus pés não tropeçaram.

38 Persegui os meus inimigos e os alcancei,

só voltei depois de tê-los destroçado.

39 Eu os feri, e não mais se levantaram,

caíram todos a meus pés.

40 Tu me deste força para o combate,

dobrei diante de mim os inimigos.

41 Meus adversários fugiram à minha frente,

eliminei todos os que me odiavam.

42 Gritaram por socorro e ninguém os salvou,

chamaram por Javé sem ter resposta.

43 Fiz deles poeira que o vento leva,

tornei-os como a lama das ruas.

44 Livraste-me dos povos rebeldes,

colocaste-me à frente das nações:

um povo desconhecido me serviu.

 

45 À minha voz logo me obedeceram,

e os estrangeiros se submeteram a mim.

46 Os estrangeiros ficaram pálidos,

e saíram tremendo dos seus esconderijos.

Mq 7,17

47 Viva Javé! Bendito seja o meu rochedo!

Glória ao Deus de minha salvação!

48 Ó Deus, concedeste-me a vingança,

colocaste os povos sob o meu jugo,

49 livraste-me dos furiosos inimigos,

fizeste-me triunfar contra os meus assaltantes,

e libertaste-me do homem violento.

50 Por isso, Javé, eu te louvo entre o povos,

Rm 15,9

e cantarei hinos a teu nome.

Sl 7,18

51 Ele deu ao rei grandes vitórias,

e oferece fidelidade a seu messias,

a Davi e a sua descendência para sempre!

1 “Belial” era, na concepção popular semítica, um demônio destruidor, que tudo engulia, mesmo a morte e o inferno (ver o v.6)

 

 

(SALMO 18/17)

Esta monumental ode arcaica, muito provavelmente davídica – como diz o título – chegou a nós em duas versões: além do nosso Salmo, temos uma reedição em 2 Samuel 22 como cântico de Davi, enquanto o Salmo 144,1-11, parece ser uma sua versão condensada. Poema pitoresco e ousado, solene e vivaz ao mesmo tempo, sustentado por uma simbolologia luxuriante, lexicamente exuberante, dotado de uma estrutura complexa, o Salmo 18 tem, no centro, a figura quase imperial de um Deus transcendente. Ele, numa inesquecível teofania (vv. 18-19), se ergue como um gigantesco cavaleiro, envolto numa negra capa de nuvens, montado num querubim: “… cavalgava um querubim e voava, pairava nas asas do vento, envolto em nuvens como de um manto” (vv. 11-12). Pois bem, este Deus “totalmente Outro” se inclina com carinho para tirar o seu fiel do sorvedouro infernal e depô-lo a salvo na praia da vida: “Do alto estendeu a sua mão e me segurou, levantando-me acima das grandes águas … conduziu-me a um lugar espaçoso, e libertou-me, porque me quer bem” (vv. 17-20).

Cântico forte e delicado ao mesmo tempo, o Salmo 18 é construído sobre um estrutura de 14 octonários, concluídos no versículo 51 com uma antífona posterior, de tom messiânico, sinal de releitura do Salmo depois do fim da monarquia davídica.

A leitura detalhada desta ode é bastante difícil, ainda que as muitas obscuridades textuais, devido às longas vicissitudes da transmissão do século X antes de Cristo em diante. Os registros literários mudam incessantemente: o hino régio de vitória – que é a dominante do Salmo – dão lugar à súplica (v. 5-7), ao protesto de inocência (vv. 21-28), ao hino teofânico (vv. 8-16), à ação de graças marcial (vv. 29-46). As cenas se sucedem velozmente, com retomadas, com fulmíneas aparições e com esboços mais distendidos. O bom número de símbolos é muito variado, abrindo espaço para imagens cósmicas e antropormóficas ousadas, como a de Deus treinando como arqueiro (v. 35).

Dominam, no entanto, as metáforas que significam estabilidade, marcadas com evocações marciais: “Eu te amo, Javé, minha força! Javé, minha rocha, minha fortaleza, meu libertador, meu Deus, o rochedo onde encontro refúgio, meu escudo e poderosa salvação, minha torre de defesa” (vv. 2-3). Nesta inexpugnável fortaleza, Davi (ou o rei da dinastia davídica) assiste ao triunfo que lhe prepara Deus. Num quadro carregado de colorido oriental (vv. 38-43), o rei vê os seus inimigos aniquilados, dispersos como pó ao vento, atirados à poeira da estrada, submetidos ao jugo, ou aterrorizados diante do fulgurar do verdadeiro protagonista, o Deus guerreiro. A ele Davi dirige o seu “viva”: “Viva Javé! Bendito seja o meu rochedo!” (v. 47).

Compartilhar

Quem acessou este conteúdo também leu:

13/05/2022

Maria quem é – 42 – A volta feliz


Leia mais
10/05/2022

A 13 de maio – A Senhora de Fátima, Santa Rita e Santa Joana d’Arc


Leia mais
04/05/2022

Cardeal Tolentino: Rezar o agora


Leia mais

Nossa missão neste site:

Caminhando com Ele, com Cristo, é uma Revista de Espiritualidade, fruto da insistência amiga, quando deixei de ser o encarregado do “site”de Itaici, Vila Kostka, em dezembro de 2008.
Sou o Padre Jesuíta Raul Pache de Paiva, SJ, conhecido simplesmente como “Pe. Paiva”.
Nasci no Rio de Janeiro e tenho andado por muitos lugares e países. Talvez os mais distantes foram Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, conheci bem os sertões de Minas e Bahia, Marajó da floresta inundada e tenho ido a quase todos os Estados. Trabalhei em educação, também universitária, e dou cursos e retiros (em particular, conforme Santo Inácio de Loyola e seus “Exercícios Espirituais”).
  • INÍCIO
  • CONTEÚDOS CATÓLICOS
    • COISAS DA BÍBLIA
    • COISAS DO POVO DE DEUS
    • PROSA E VERSO
    • MARIA QUEM É
    • NO SILÊNCIO DA TENDA
    • SANTOS
  • RECEITAS
  • CONTATO

FALE CONOSCO

    Seu nome (obrigatório)

    Seu e-mail (obrigatório)

    Seu telefone (obrigatório)

    Assunto

    Sua mensagem

    Mais recentes no site

    • Maria quem é – 42 – A volta feliz
      13/05/2022
    • A 13 de maio – A Senhora de Fátima, Santa Rita e Santa Joana d’Arc
      10/05/2022
    • Cardeal Tolentino: Rezar o agora
      04/05/2022
    • São José Trabalhador – 1o de Maio
      01/05/2022
    • Uma extraordinária mulher: Santa Catarina de Sena
      29/04/2022
    • INÍCIO
    • CONTEÚDOS CATÓLICOS
    • RECEITAS
    • CONTATO