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O Salmo 1 – Os dois caminhos

SALMO 1

1 Bem aventurado quem não se une aos malvados,
não tem prazer no caminho dos pecadores,
nem aceita entrar na roda dos que falam mal dos outros.
Dt 30,15-20; Pr 4,18-19
2 Mas é feliz quem põe na lei do Senhor a sua alegria,
e nela medita dia e noite.
3 Será como uma árvore transplantada para junto d’água,
que dá o seu fruto no devido tempo,
sem nunca perder suas verdes folhas:
todas as suas obras serão bem sucedidas.
Jr 17,7-8
4 Não será assim com os maus, não será assim!
Eles serão como palha levada pelo vento.
Jó 21,18
5 Os malvados não se aguentarão de pé no juízo,
nem os pecadores enfrentarão a assembléia dos justos,
6 porque Javé ama o caminho dos justos,
mas o caminho dos maus conduz à perdição.

Comentário do Padre Ravasi

A primeira palavra deste “prefácio” do Saltério, se inicia com a primeira letra do alfabeto hebraico, ‘alef, enquanto a última palavra se fecha com a última letra do alfabeto, tau. O poema quer, então, recolher em si, simbolicamente, o trajeto inteiro da palavra, o alfabeto da vida, mesmo porque os Salmos são o espelho da vida humana inteira e do horizonte cósmico. O texto, de tom sapiencial, é regido por um compasso binário: dois caminhos, dois destinos, dois retratos, dois símbolos, um bênção e uma maldição. Trata-se de um motivo clássico na Bíblia, na qual, freqüentemente se confrontam, como num quadro de duas partes (um díptico) as fisionomias morais do justo e do ímpio: “O caminho do justo é como a luz da aurora, que aumenta de claridade até o meio-dia; o caminho do ímpio é como o escurecer.” (Pr 4,18-19)

O Salmo pinta os dois caminhos (em hebraico “vida” e “caminho” são sinônimos), através de uma simbologia de tipo vegetal, agrícola. Num panorama desértico, assolado pela seca, como o do oriente, uma árvore verdejante e carregada de frutas, plantada junto a um água corrente e viva é um sinal de glória e de bênção, de justiça premiada. As seguintes palavras de Jeremias são quase um comentário deste Salmo: “Bendito o homem que confia no Senhor e de quem o Senhor é a confiança. É como a árvore plantada junto às águas, e que para a corrente lança as suas raízes: não teme o calor que vem, as suas folhas permanecem verdes; no ano da seca não se entristece, nem cessa de produzir seus frutos” (Jr 17,7-8). A sua fecundidade nasce de uma fidelidade: o justo encontra “a alegria da sua vida” em “meditar, dia e noite, a tôrah (v. 2), isto é, a Lei, ou melhor, toda a revelação de Deus. Com efeito, o termo “tôrah” é aplicado tradicionalmente aos cinco primeiros livros da Bíblia (o Pentateuco), expressão da Palavra de Deus, da sua ação na história e da reação, fiel ou infiel, de Israel.

À firmeza e ao frescor da árvore se opõe o vazio da palha, seca, ligeira e inconsistente (v. 4). Uma longa tradição bíblica compara o aparente sucesso do ímpio a esta realidade inútil e intangível. Pensemos, apenas, no Batista, que assim representa o Messias: “Ele tem na mão o forcado para limpar a sua eira e para recolher o trigo no celeiro: quanto à palha, ele há de queimá-la num fogo inextinguível.” (Lc 3,17).

Esta “porta de entrada” ao Saltério se transforma, então, em um apelo vigoroso à escolha do bem, da verdade e da justiça, a seguir o caminho do Senhor que se abre em todos os sucessivos salmos. Já na estela egípcia de Amenófis, conservada no Museu Egípcio de Turim, Itália, lemos esta “bem-aventurança”: “Feliz quem te possui de coração, ó Amon! Infeliz quem te combate!”.

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Nossa missão neste site:

Caminhando com Ele, com Cristo, é uma Revista de Espiritualidade, fruto da insistência amiga, quando deixei de ser o encarregado do “site”de Itaici, Vila Kostka, em dezembro de 2008.
Sou o Padre Jesuíta Raul Pache de Paiva, SJ, conhecido simplesmente como “Pe. Paiva”.
Nasci no Rio de Janeiro e tenho andado por muitos lugares e países. Talvez os mais distantes foram Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, conheci bem os sertões de Minas e Bahia, Marajó da floresta inundada e tenho ido a quase todos os Estados. Trabalhei em educação, também universitária, e dou cursos e retiros (em particular, conforme Santo Inácio de Loyola e seus “Exercícios Espirituais”).
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