Jonas e a pequena Cabana
Preparar o “santuário interior”, o lugar de encontro com a Trindade Santa. Peça ao Espírito Santo que ilumine e conduza sua oração. Silencie sua mente e seu coração. Respire algumas vezes lentamente, acalme-se. Se quiser entre na cabana de Jonas para escutar o que o Senhor tem a lhe falar.
Pedido da graça: – Que o Deus da vida me conceda a graça de perdoar e de acolher o perdão que me é oferecido.
Composição de lugar: – Jonas sentado embaixo de uma mamoneira, na sua cabana, irado, criticando e questionando o procedimento de Deus em ralação ao povo de Nínive. Depois, mais irritado ainda ao ver morrer a plantinha que lhe fazia sombra.–
Texto: Jn 4, 1-11 – Antes fazer brevemente fazer memória dos três primeiros capítulos do livro de Jonas.
• Foge da missão confiada por Deus…
• Lançado ao mar é engolido por um grande peixe…
• No ventre do peixe reflete e toma consciência de sua resistência, do seu agir.
• É lançado na praia e põe-se a caminho da missão junto ao povo de Nínive.
Ler atentamente o texto proposto deixando-se tocar por uma palavra ou frase que mais lhe falar ao coração, nela permanecendo enquanto tiver algo a saborear.
II – A Pequena cabana: –
Esta representa um processo de proteção. Jonas deseja criar um ambiente que lhe seja propício, quer construir seu ninho na sombra e água fresca. Procura o seu próprio bem-estar. Jonas reza ao Senhor: “Se é assim, Senhor, tira minha vida, pois eu acho melhor morrer do que ficar vivo” (Jn 4, 3 ).
O Senhor respondeu-lhe: “Está certo você ficar irritado desse jeito?
Depois se irrita mais ainda com a morte da mamoneira… Jonas sabia que Deus é um Deus compassivo, clemente lento em cólera, cheio de amor, que volta atrás e perdoa.
Quais as dificuldades que tenho em perdoar e acolher o perdão que me é oferecido? Peça Jesus que lhe ensine a dar o perdão à quem o prejudicou ou machucou, acreditando que nossa vocação é ser imagem e semelhança de Deus, que é amor e compaixão.
III – Missão:
Missão é um longo caminho para dentro do coração de Deus que toma conta completamente de nossa vida. É preciso sair de si para se tornar instrumento nas mãos de Deus. “Missão é partir, caminhar…. deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo que nos fecha em nosso eu. É para de dar voltas ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da vida” (D. Helder).
Jonas é para mim, para você, para nós todos, uma ocasião de nos interrogarmos sobre a nossa missão. Afinal de contas, quem sou eu? Para que e para quem vivo?
Jonas não aceita o procedimento de Deus, se revolta, acha que é injusta sua atitude, e procura refugiar-se na cabana para não escutar mais a proposta de Deus e ver como vai ficar.
O grande medo de Jonas é ser misericordioso como Deus é misericordioso; um Deus que faz brilhar o seu sol sobre o ouro e sobre o lixo e que faz descer a chuva sobre os bons e sobre os maus.
Nínive é o mundo inteiro tem necessidade de nossas mãos, tem necessidade de nossa inteligência, precisa do nosso coração para se tornar o “templo da divindade”.
O livro de Jonas termina com uma pergunta para os leitores e leitoras de todos os tempos:
• Tu tens pena da mamoneira, que não te custou trabalho… E eu, não terei pena de Nínive?
• Qual é a sua, a nossa mamoneira?
Converse com o Senhor… Escute o que ele tem a lhe dizer… O que espera de você… Acolha tudo em seu coração.
Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
• O que mais me tocou nesta oração?
• Que sentimento predominou em mim?
• Senti algum apelo, desejo, inspiração?
• Tive alguma dificuldade ou resistência?
Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua experiência de oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso ou outra oração que você goste; registre no seu caderno-vida aquilo que ficou mais forte em seu coração.
Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ