Que Nossa Senhora tem um carinho especial pelos humildes nós já sabemos, pois foi seu Coração Imaculado que ensinou à Humanidade do Senhor o que é um Coração manso e humilde, amigo dos pequenos e fracos. Assim não nos assombramos quando a Rainha do Céu escolhe para se manifestar a gente simples e, muitas vezes jovem e pobre, como Santa Bernadette de Lurdes, cidadezinha francesa, nas encostas dos Montes Pirineus.
Podemos imaginar Bernadette com uma irmã e uma miga, indo catar lenha na mata, junto ao rochedo chamado “Massabielle”, num dia muito frio. Tinham de cruzar um riacho. Bernadette, que sofria de asma, parou na beirada, enquanto as duas companheirinhas cruzaram o riacho raso, mas gelado.
Foi então que houve como um murmúrio de vento nas folhagens e Bernadette, olhando, deu com uma Senhora, jovem e muito bela, com duas rosas de ouro nos dedos dos pés descalços, de pé, na entrada da gruta. Era o dia 11 de fevereiro de 1858.
Sabemos como ela foi proibida de voltar ao local, mas cederam diante das lágrimas da filha. Começaram encontros pontuais, de 15 em 15 dias. Muita gente vinha. Rezavam terço. Uns acreditavam, outros, desconfiavam… A Senhora pediu penitência. Até gente do governo, inclusive policiais, mandados observar aquelas aglomerações de povo, deram sinais de respeito. O Pároco recebeu espantado o pedido da Senhora de construir uma capela, e diz a Bernadette que perguntasse o nome da aparição. Foi na noite de 24 para 25 de março que ela disse: “Eu sou a Imaculada Conceição”. Hoje, a Igreja inteira celebra a Imaculada, Nossa Senhora de Lurdes, e também nos ensina a rezar: “Santa Bernadette, rogai por nós!”