Somos criados(as) para Deus e só no louvor e reverência, no serviço e no amor d’ ele encontraremos a salvação, isto é a plena realização.
“O homem é criado para louvar, reverenciar e servir a Deus Nosso Senhor, e assim salvar a sua alma. E as outras coisas sobre a terra são criadas para o ser humano, a fim de ajudá-lo a alcançar o fim para que foi criado” ( EE. 23 ).
“O amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5, 5).
O amor de Deus é criador… O amor, somente o amor, pode justificar nossa existência. Ser amada(o) torna a vida preciosa. O que todo o ser humano deseja, o que ele mais necessita, é ser aceito e amado por Deus. Seu amor é incondicional. Deus não nos ama por nenhuma de nossas qualidades ou atividades. Ele nos aceita assim como somos, para além das realidades.
O fundamento mais profundo do meu ser é que eu sou amada(o). Se pudesse cavar o amor de Deus, nunca chegaria ao termo.
A Criação significa que nossas raízes se encontram no amor de Deus. Desde toda a eternidade Deus me desejou, e este desejo se fez tão intenso que, um dia, surgi, no ser. Nós fomos aceitos antes mesmo de existir.
“Nele ele nos escolheu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele no amor” (Ef 1, 4 ).
Na realidade, o que andamos buscando é o nosso “eu verdadeiro”, o “eu profundo”, a “identidade original? Mas, como podemos encontrar o caminho que nos leva àquilo que tanto buscamos?
Jesus nos indica que é aquele que nos leva às nossas próprias profundezas; portanto, um caminho de “descida” ao nosso próprio “santuário interior”. Aí, nos deparamos com lados sombrios, com nossos limites e nossas fragilidades humanas.
Somos como diz São Paulo – “ um tesouro em vasos de barro”. É justamente em nosso cascalho interior que podemos encontrar o “tesouro”, a “pérola” preciosa; é exatamente aqui que alcançamos a nossa verdadeira identidade…
O coração humano foi feito para encontrar a razão mais profunda do seu viver. Há muita inquietude latente em seu interior que o faz peregrino do sentido. Somos por natureza, eternos “buscadoras, buscadores do novo”.
É importante ter claro o que se busca. No supermercado da vida pode-se buscar tudo. As ofertas são muitas. Às vezes corre-se o risco de perder o rumo, não perceber o que é e onde está o essencial, apegar-se ao que é efêmero e passageiro; com isso, a busca desemboca em algo sem sentido, vazio…
Quanto mais eu qualifico o sentido que dou à minha vida, mais feliz eu sou. A vida que eu tenho é só o “agora”… Depois, vem o depois!…
Texto que pode iluminar minha oração: