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Morta em honra a Satanás, uma Irmã vai ser beatificada!

Morta por Satanás, a Irmã Maria Laura Mainetti será beatificada. Diz a postuladora da causa de beatificação: “Foi santa antes do martírio”.
A religiosa foi assassinada em um rito satânico em Chiavenna, Itália, em 6 de junho de 2000, pelas mãos de três adolescentes. Francesca Consolini: “Sua morte é o coroamento de uma vida de serviço ao próximo, sobretudo de jovens frágeis”.

Salvatore Cernuzio
23 de junho de 2020, Vatican Insider

“Morre, irmã prostituta”! “Senhor, perdoa-os!” Este breve e dramático diálogo aconteceu no dia 6 de junho de 2000 num beco escuro de Chiavenna, Sondrio, Itália, onde três adolescentes entre 16 e 17 anos tinham atraído a religiosa com enganos para aturdi-la com um golpe na nuca, matando-a com dezenove facadas. Era o extremo sacrifício de um rito satânico, nascido de um pacto de sangue, que os três jovens menores de idade confessaram ter organizado, quase por tédio, enquanto tomavam cerveja num bar.

A vinte anos daquele brutal assassinato, que comoveu a Itália, enquanto os três rapazes refizeram a vida depois de cumprirem a pena de prisão, a religiosa das “Filhas da Cruz” será beatificada. Foi a decisão do Papa Francisco, que reconheceu o martírio “em ódio à Fé”. Mas, explica a portuladora da causa, Francisca Consolini: “Mas ela jé era uma santa em vida, mesmo se não tivesse havido o martírio. A causa da canonização seria aberta pelas suas virtudes”.

A Itália recorda irmã Maria Laura Mainetti como vítima de um rito satânico. Além de sua morte, que coisa é importante saber sobre esta irmã?

O perfil da Irmã Maria Laura surge separado da crônica da qual a mídia se ocupou largamente. Nestes anos, como a postuladora constatou, ela era uma mulher que viveu a essência do carisma das Filhas da Cruz, isto é, a disponibilidade total aos pobres, doentes e, em particular, dos jovens em situação de fragilidade e risco. Pude ler com calma alguns apontamentos que a própria Irmã escrevia para si mesma. Destes escritos emerge seu ser de mulher sempre pronta a se mover, a arregaçar as mangas, a ser incomodada para levar a alguém alívio e conforto. Escreveu: “Vamos nos empenhar a viver acolhimento a quem nos telefona, a quem bate a nossa porta”. Dizia que era necessário deixar-se “perturbar” pelos outros, ainda quando isto rompe todos os planos, porque Deus vive escondido exatamente naquele irmão ou naquela irmã nada cativantes. Refletia: “Quando acolhemos quem nos perturba, não somos nós a evangelizar, mas somos evangelizados”. Só entendemos seu martírio sob este ponto de vista.

De fato, foi por haver atendido a um falso pedido de ajuda, às dez da noite, foi que os três rapazes a atraíram a uma armadilha e, em seguida, a mataram.

Sim, respondeu a uma chamada de uma moça que dizia ter ficado grávida depois de ter sofrido violência e que precisava ajuda. Irmã Maria Laura respondeu com todo o peso de caridade que sempre a animava. Não acredito que pensasse em que Deus lhe pedia o derramamento de sangue, mas estava plenamente consciente de que Deus pede tudo a quem O ama. Nos seus escritos, com efeito, dizia que é necessário ter a coragem de ser uma pessoa “devorada”, isto é, em ser transformada em alimento, em pão, para os irmãos e irmãs. A disponibilidade em dar a vida nasce deste contínuo dom. O martírio não é um fato isolado, mas o coroamento do caminho da vida.

Além de tudo há o pedido de perdão para seus assassinos que Irmã Maria Laura elevou a Deus na hora da morte.

Normalmente, o mártir toma como exemplo Nosso Senhor Jesus Cristo, que, na Cruz, perdoou os carrascos e ofereceu o sofrimento pela salvação dos demais. Também Santo Estêvão, o primeiro mártir, morreu perdoando, A Irmã Maria Laura olhava para isto. Podemos dizer, então, que pessoas como ela vivem esta dimensão: a disposição de dar a vida, presente mesmo nas coisas mais humildes, banais, como a disponibilidade de acolher os que são antipáticos ou se comportam mal.

Sendo mártir, não é necessário o reconhecimento de um milagre, mas têm sido assinaladas graças recebidas por sua intercessão?

Muitas, sobretudo desde que o caixão foi transladado em fevereiro do ano passado do cemitério a uma das capelas laterais da Igreja de São Lourenço, na sua cidade de Chiavenna. O sepulcro está mais accessível, e muita gente vai ali rezar. Ao lado há um caderno para registrar o que as pessoas desejarem: um pensamento, um pedido, e são, de fato, milhares de mensagens à Irmã Maria Laura. Sendo mártir, como foi dito, embora houvesse feito um milagre, este não seria objeto de estudo. Será interessante ver, em seguida, o que acontecerá em vista da canonização.

Foi aludido ao fato de que a Irmã tinha muito empenho pelos jovens, que via como uma categoria frágil. O que pode dizer à juventude de hoje uma figura como a desta religiosa, que corre o risco de permanecer um caso de crônica negra.

Acredito que seja de grande atualidade o ensinamento que Irmã Maria Laura transmitia aos jovens, em particular às suas ex-alunas, que conhecera crianças e com as quais mantinha contato habitual, mesmo quando já eram adultas, casadas, com filhos… O ensinamento que se deve acolher a vida nos seus vários aspectos com empenho, serenidade, confiança no amanhã. Queria muito bem aos jovens e era muito querida deles, que a procuravam e nela encontravam respostas seguras. Com frequência os jovens são um tanto atrapalhados, indecisos, inquietos. A Irmã tinha condições de oferecer palavras justas para cada momento. Isto se vê nas cartas a que nos referimos em vista da causa da canonização. Muitos escreviam pedindo um conselho pontual, em um momento difícil, alguns porque sofriam um luto. Ela sabia infundir confiança, e orientar, mesmo os não crentes, para uma plenitude de fé. Por exemplo, é bonito quando escreve a uma ex-aluna: “Faça tudo com entusiasmo, numa visão serena da vida. Não importa fazer coisas grandiosas, mas pequenas coisas, dia a dia, sem afobação ou angústia”.

Algum caso particular na vida da Irmã que a tenha impressionado particularmente?

Sua vida era comum, se olhada de fora. Viveu um serviço como tantas irmãs, seguindo as regras. Contudo, numa vida tão “normal”, emergia um envolvimento extraordinário de uma mulher sempre à disposição de qualquer pessoa. As suas coirmãs referem um exemplo: quando, à noite, estavam cansadas, e acontecia que um pobre batesse à porta, a Irmã Maria Laura era a primeira a se ocupar dele. Cuidava, providenciava para que pudesse se limpar, cozinhava para ele. Os pobres a procuravam tanto, que uma das Irmãs comentou: “Vejo que tens muitos amigos”. E ela respondeu: “Não, é sempre o meu Jesus”…

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Sou o Padre Jesuíta Raul Pache de Paiva, SJ, conhecido simplesmente como “Pe. Paiva”.
Nasci no Rio de Janeiro e tenho andado por muitos lugares e países. Talvez os mais distantes foram Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, conheci bem os sertões de Minas e Bahia, Marajó da floresta inundada e tenho ido a quase todos os Estados. Trabalhei em educação, também universitária, e dou cursos e retiros (em particular, conforme Santo Inácio de Loyola e seus “Exercícios Espirituais”).
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