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A volta feliz
Jesus foi se despedindo e preparando os discípulos e discípulas, Sua Mãe, Maria, também, para a vinda do Espírito Santo. Finalmente, depois daquela temporada de consolações e confirmações, Ele ia voltar para o Pai, ao lado de quem, Um da Trindade, iria continuar seu ofício de Bom Pastor. “Apresentara-se vivo a eles, depois de padecer, durante quarenta dias, com muitas provas, mostrando-se e falando do Reino de Deus” (At 1,3).
“Comendo com eles, recomendou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o Prometido do Pai, segundo o que ouvistes de mim: João batizou com água, mas em breve sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1,5).
Depois, o grupo fiel, com Maria à frente, O acompanhou ao Monte das Oliveiras. Passaram além do Horto das Oliveiras, lembrando a Agonia terrível, e dando graças ao Pai porque Jesus não mais padecia, e estava com eles, verdadeiro “Deus-conosco”, nas alegrias e nas tristezas, na calma e na tempestade, nas angústias e consolações.
Subiram a encosta, até o alto. Ficava uma pergunta sem resposta: “É agora que vais restaurar o Reino de Israel”? Mas este era um assunto do Pai, que não cabia ao Messias revelar. Temos de estar sempre preparados, pois, “quanto ao dia e a hora, ninguém sabe, nem os Anjos do céu, nem o Filho, só o Pai os conhece” (Mt 24,36). “Se o dono da casa soubesse quando o ladrão chegaria, estaria vigilante” (Mt 24,43).
Maria estava atenta, vigilante. Na verdade, ela era do grupo das virgens bem preparadas para a festa (ver Mt 25,1ss). Como seu costume, guardou no coração, com toda a Igreja, o que, então, ouviu do Filho querido e adorado: “Recebereis o Espírito Santo, que virá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judeia, na Samaria e até os confins do mundo” (At 1,8). Hoje, a Igreja, com sua mãe, Maria, chegou até a Sibéria, a Mongólia, ao Ártico e à Antártida. Em toda parte do mundo há quem siga Jesus e reze a Ave Maria.
Com os olhos postos no rosto do Filho tão querido, amado de todo o Coração Imaculado, Maria foi testemunha daquele momento maravilhoso: “Na presença deles se elevou e uma nuvem O ocultou a seus olhos” (At 1,9). Dos altos céus ele cuida de nós e se manifesta nos consolando e animando a levar a cruz de cada dia (ver Mt 16,24).
Podemos imaginar Maria, conduzindo o grupo de fieis em alegre descida, morro abaixo, em pura consolação, transbordante alegria no Espírito, entrando de novo no Cenáculo, nas alturas de Sião, cantando e louvando o Senhor. Não é à toa que Maria ficou sendo chamada “Nossa Senhora das Alegrias”!
VINDE, EXALTEMOS O SENHOR (Sl 94/95)
Gelineau
1. VINDE, EXALTEMOS O SENHOR, aclamemos o rochedo que nos salva; / entremos com louvor em sua presença, com hinos celebremos o Senhor.
Oh! Vinde adoremos o Senhor!
2. O Senhor é um Deus de majestade, grande rei sobre todos os deuses; / em suas mãos as profundezas do universo, e d’Ele são os cumes das montanhas; / é dele o mar, pois foi Ele quem o fez; / é dele a terra que plasmaram suas mãos.
3. Entrai e, prostrados de joelhos, / adoremos o Senhor que nos criou! / É Ele o nosso Deus e Pastor, / nós somos o seu povo e seu rebanho, / o rebanho que conduz a sua mão.
4. Ah! Se hoje escutásseis sua voz: / Não fecheis os corações como em discórdia, / no lugar de tentação, no deserto, / onde os vossos pais me provocaram, / apesar de terem visto as minhas obras.
5. Quarenta anos desgostou-me aquela raça, / e eu disse: é um povo transviado, seu coração não conhece os meus caminhos; / por isso jurei na minha ira: / jamais entrarão no meu repouso.
6. Demos glória ao Pai onipotente / e ao seu Filho, Jesus, nosso Senhor /e ao Espírito que habita em nosso peito pelos séculos dos séculos. Amém!