Leitura Orante
São Pedro e São Paulo
Gl 1,15-2,10)
“Irmãos, quando Aquele que me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça, se dignou a me revelar o Seu Filho, para que eu O anunciasse entre os pagãos, não consultei carne nem sangue, nem subi logo a Jerusalém para estar com os que eram apóstolos antes de mim. Pelo contrário, parti para a Arábia e, depois, voltei ainda a Damasco.
Cantou o Salmista a Ti, nosso tão bom Criador: “Tu me teceste no seio materno” (Sl 138/139,13). Fizeste a cada um de nós. A cada um, cada uma, não somente a Pedro e Paulo deste vocação: “A cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum” (1Cor 12,7). Não posso ser ingrato! Devo T dar graças! Quem como Tu? Só Tu és Deus! Só Tu és bom! Indo e vindo, andamos em Ti, conTigo e por Ti, que nem São Paulo, de Jerusalém à Arábia, da Arábia a Damasco. Ele dava tempo ao tempo, esperando por Teus sinais, por Tuas inspirações. Dá-me saber esperar! E que a Mãe do Belo Amor e de toda santa Esperança tome conta de meus passos à procura dos Teus!
Três anos mais tarde, fui a Jerusalém para conhecer Kefas e fiquei com ele 15 dias. Não estive com nenhum outro apóstolo, a não ser Tiago, o Irmão do Senhor.
São Pedro e São Tiago, o Menor, Filho de Alfeu, bispo de Jerusalém, rogai por nós, Santos Apóstolos!
Escrevendo estas coisas, afirmo, diante de Deus, que não estou mentindo.
Senhor nosso Jesus Cristo, és o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6)! Não nos deixes cair na tentação de mentir, de levantar falso testemunho, de Te atraiçoar. Que Te sejamos fieis, pois Tu és Amigo Fiel e Verdadeiro!
Depois fui para as regiões da Síria e da Cilícia. Ainda não era pessoalmente conhecido das Igrejas da Judeia, que estão em Cristo. Apenas tinham ouvido dizer que “aquele que antes nos perseguia está agora pregando a fé, que antes procurava destruir”. E glorificavam a Deus por minha causa.
Jesus, até nossos dias a Igreja celebra a conversão de São Paulo, e, atrás dele, por Tua Graça, feliz graça, continuamos a celebrá-la e a Te agradecer, pois só Tu podes mudar nossos corações! Manda-nos novos evangelizadores! Que Nossa Senhora, que São João Paulo II gostava de chamar “Estrela da nova evangelização” socorra todas as gentes, alcançando-lhes a misericórdia e a fé! Os Papas mais recentes não têm deixado de trilhar os caminhos do mundo, de reunir jovens de todas as partes, obedecendo a Teu mandamento e imitando Teu Apóstolo. Mas “a messe é grande, e poucos os operários” e, por isso, rogamos a Ti que envies operários à Tua messe (Mt 9,37)!
Quatorze anos mais tarde, subi de novo a Jerusalém, com Barnabé, levando também Tito comigo. Fui lá por causa de uma revelação. Expus-lhes (aos membros da Igreja Mãe de Jerusalém) o Evangelho que tenho pregado entre os pagãos, particularmente aos líderes da Igreja, par anão acontecer que eu estivesse correndo inutilmente.
Mas nem Tito, meu companheiro foi obrigado a se circuncidar, apesar da presença de falsos irmãos, intrusos, que, disfarçadamente, se introduziram entre nós para espionar a liberdade que temos em Cristo Jesus, com o fim de nos escravizarem.
Hoje em dia, ainda encontramos falsos irmãos que julgam ser bons cristãos, quando se apegam a costumes antigos e não compreendem “a gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8,21). Mas “foi para a liberdade que Tu nos libertaste” (Gl 4,31)! Tu és o Cristo Libertador! Aleluia!
A estas pessoas não fizemos concessão, nem por um momento, para que a verdade do Evangelho continuasse íntegra no vosso meio.
No Livro dos Atos dos Apóstolos, lemos que os cristãos perseveravam “na doutrina dos Apóstolos” (At 2,42). Que podemos pedir-Te senão que nos faças perseverantes nesta mesma doutrina “sem concessões” às modas, a falsas doutrinas, pois fomos advertidos que chegariam tempos em que não se daria importância à sã doutrina, mas as pessoas seguiriam seus desejos, não os Teus (2Tm 4,3). Livra-nos de nós mesmos! Faze-nos fieis!
Quanto aos líderes da Igreja – e não me interessa o que tenham sido outrora, pois Deus não faz acepção de pessoas – eles nada de novo me impuseram. Pelo contrário, viram que a evangelização dos pagãos foi confiada a mim, como a Pedro tinha sido confiada a evangelização dos judeus.
São Paulo confiava em Ti, Jesus, que o chamaste na estrada de Damasco, enquanto ele “respirava ameaças de morte contra os cristãos” (At 9,1). Esta vocação era a base indestrutível do seu ministério apostólico. Mas ele também não deixava de procura comunhão com os demais apóstolos do Senhor e procurava sintonia com eles, aceitando sua autoridade pastoral. Que, a pretexto de ouvir Tua inspiração, Teu chamado, Jesus, não neguemos a autoridade e a comunhão apostólica! Livra-nos do cisma, da apostasia, da heresia! Que sejamos, por Tua graça, fieis católicos, bons filhos da Mãe Igreja!
De fato, Aquele que preparou Pedro para o apostolado entre os judeus, preparou também a mim para o apostolado entre os pagãos. Reconhecendo a graça que me tinha sido dada, Tiago, Kefas e João, considerados as colunas da Igreja, deram-me as mãos a mim e a Barnabé, como sinal de nossa mútua comunhão. Assim ficou acertado que nós iríamos aos pagãos e eles iriam aos judeus.
São Pedro, Kefas, Rocha constituída pelo Salvador, que nunca queiramos deixar a comunhão contigo! A ti nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta Pedra construirei minha Igreja… A ti darei as chaves do Reino de Deus, e o que atares na terra ficará atado no céu, e o que desatares na terra será desatado no céu”(ver Mt 18-19). E também insistiu: “Apascenta as minhas ovelhas… Apascenta os meus cordeiros” (ver Jo 21,15-17). O Bom Pastor entregou a ti, São Pedro o pastoreio de todos nós, por Ele redimidos! Bendito sejas!
Apenas nos recomendaram que nos lembrássemos dos pobres. E isso sempre procurei fazer com todo o cuidado.
Jesus, Bom Pastor, dá a todos nós que sempre nos lembremos dos pobres! Amém! Aleluia!