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A oração que aprendemos no Antigo Testamento

A ORAÇÃO NA HISTÓRIA DE NOSSA SALVAÇÃO

323 Por que em todos os tempos e povos existe oração?

Porque tudo o que se pode conhecer de Deus é manifesto aos seres humanos. Deus o manifestou a eles. Desde a própria criação do mundo, a inteligência pode perceber as perfeições invisíveis de Deus, seu poder eterno e sua natureza divina, mediante suas obras (Rm 1,19-29)

Também lemos: No passado, muitas vezes e de diversos modos Deus falou a nossos pais pelos profetas (Hb 1,1).

Esta oração universal resulta da ação do Espírito de Sabedoria do Pai: (Na Sabedoria) há um espírito inteligente e santo, único, múltiplo, sutil, ágil, perspicaz, puro, claro, impassível, amante do bem, penetrante, irresistível, benfazejo, amigo dos homens, firme, seguro, despreocupado, que tudo pode, tudo abrange com o olhar, que penetra todos os espíritos, os mais inteligentes, puros, sutis. Mais que todo movimento, a Sabedoria é móvel. Atravessa e permeia tudo por sua pureza. Ela é um sopro (espírito) do poder de Deus, uma pura emanação do esplendor do Todo Poderoso… Passa, através dos séculos, para as almas santas, fazendo-as amigas de Deus e profetas (ver Sb 7,22-30).

324 Como foi a oração do Povo de Deus no Antigo Testamento?

A oração é o grande denominador comum de todas as religiões. Ela se encontra em todo o Antigo Testamento. Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura, ela aparece como um relacionamento pessoal e consciente com Deus.

A oração é iniciativa de Deus, amigo dos seres humanos (Pr 8,31): Javé Deus passeava Chamou então Javé pelo homem: “Onde estás?” E a oração é a resposta humana: Ouvindo o rumor dos teus passos no Jardim, tive medo, pois estava nu, e me escondi (ver Gn 3,8-10). Como vemos, nem mesmo o pecado impede a oração, porque sua misericórdia é de eternidade a eternidade (Sl 103/102,17). Adão pôde orar em qualquer tempo e entrar em relação verdadeira com o Criador. Do mesmo modo nós, filhos de Adão!

Outro exemplo de oração como diálogo entre Deus e o ser humano se encontra em Abraão. Javé toma a iniciativa de falar a seu servidor e amigo: Poderei esconder a Abraão o que estou por fazer?” Então, disse-lhe Javé: “Verdadeiramente é grande o clamor contra Sodoma e Gomorra…” Javé ainda continuava diante de Abraão… Deste modo não só a oração é iniciativa de Deus, que se manifesta ao ser humano, mas a resposta humana é querida pelo mesmo Deus. Abraão o compreende, e não tem receio de debater longamente com Deus, intercedendo por Sodoma e Gomorra, como um amigo fala a seu amigo, ou um servidor de confiança com o seu bom patrão (ver Gn 18,16-33).

Do mesmo modo, Moisés, quando intercede pelo povo, para que seja perdoado, mostra uma grande confiança e intimidade respeitosa com Deus, expressando com franqueza sua discordância com o que lhe parecia vontade de Deus: “Ai! Este povo cometeu um enorme pecado, fazendo para si um deus de ouro. Agora vê se lhe podes perdoar o pecado. Senão, apaga-me do livro que escreveste” (ver Ex 32,30-35).

325 Encontramos outros tipos de oração no Antigo Testamento?

Sim, numa enorme variedade! Alguns exemplos:

• Adoração: assim Abraão diz a seus servidores: Ficai aqui, com o jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá para adorar. Depois, voltaremos (Gn 22,5). Recordemos, por exemplo, o oráculo de Isaías: Naquele dia soará a trombeta e virão os perdidos no país da Assíria e os dispersos no país do Egito: eles adorarão Javé no Monte Santo, em Jerusalém (Is 27,13).
• Petição: um dos exemplos mais comoventes é a oração fervorosa de Ana, mãe de Samuel, na Tenda da Aliança, em Silo: … como estivesse aflitíssima, orou a Javé entre lágrimas abundantes, fazendo a seguinte promessa: “Javé dos exércitos, se considerares a aflição de tua serva e te lembrares de mim, não te esquecendo de tua serva, e lhe concederes um filho homem, eu o consagrarei a Javé por todos os dias de sua vida..” Ora, enquanto ela rezava assim a Javé, Eli observava a sua boca. Ana falava baixinho, e os seus lábios se moviam, sem que se lhe escutasse sua voz (ver 1Sm 1,9-18).

Este exemplo também ilustra o costume do Povo de Deus de fazer votos e promessas, que devem ser cumpridos, por exemplo: Cumpre os teus votos com o Altíssimo (Sl 50/51,14; ver Lv 27,2; Dt 23,21; Pr 20,25; Is 19,21).

• Louvor e agradecimento: há um sem número de exemplos. Assim, na Lei: Comerás à saciedade e louvarás a Javé, teu Deus, que te deu este país excelente (Dt 8,10). E nos Profetas: O vivente, o vivo, esse é que te louva, como eu o faço hoje. O pai faz conhecer aos filhos a tua fidelidade. Javé, vem em meu auxílio e tocaremos nossas harpas todos os dias de nossa vida no Templo de Javé (Is 38,19-20).

326 Que lugar ocupam os Salmos na oração do Povo da Antiga Aliança?

Encontramos Salmos e cânticos aqui e ali por toda a Bíblia, do Gênesis ao Apocalipse, mas o Livro dos Salmos reúne 150 deles e tem sido o livro de oração comum tanto dos judeus quanto dos cristãos.

Nos Salmos aparecem todos os sentimentos e situações por que passa o ser humano. Alguns poucos exemplos:

• Meditações sobre os dons de Deus (Sl 64/65), as amarguras da vida (Sl 72/73). o mal nesta terra (Sl 35/36), a lei de Deus (Sl 118/119 – o mais longo da Bíblia!), a vida humana (Sl 22/23 e 138/139), a história da salvação (Sl 104/105 e 105/106)
• Contemplações da obra de Deus, de sua beleza e majestade (Sl 8; 28/29; 103/104).
• Petições e desabafos marcam inúmeros salmos, em que o ser humano confia suas lutas e fadigas, medos e terrores ao Deus das misericórdias, o único em que pode confiar na travessia dos desertos, nas batalhas e exílios, na doença, na velhice, ou diante da traição de um amigo íntimo. Estas súplicas, que, freqüentemente mudam de tom vão revelando uma crescente consolação e esperança do orante, tanto podem ser pessoais quanto comunitárias e mesmo nacionais. Nelas o problema do mal e do sofrimento do inocente são apresentados com toda sua agudeza ao Senhor (ver Sls 6; 13; 34/35; 41/42; 42/43; 89/90 – súplicas mais pessoais; Sls 12; 43/44; 59/60; 73/74; 78/79; 79/80; 105/106; 122/123; 128/129; 136/137 – súplicas comunitárias e mesmo nacionais).
• Orações penitenciais, onde há um forte desejo de conversão, arrependimento, emenda (Sls 6; 31/32; 37/38; 50/51; 101/102; 142/143). Note-se que o Sl 50/51, muito famoso e querido por gerações de cristãos, se começa com um forte acento pessoal, conclui com uma dimensão de esperança para o povo inteiro.
• Louvores e ações de graças onde se expressa a alegria e a confiança, o crer, a certeza no poder da “mão” ou do “braço” do Senhor. A ação de graças e o louvor tanto podem apresentar um acento mais pessoal quanto mais comunitário e também nacional (Sls 29/30; 40/41/ 51/52; 115/116; 117/118; 123/124; 128/129; 137/138). O último dos Salmos, o 150 é um puro louvor, canto de alegria e exultação. Significativamente o último versículo deste belo e pequeno Salmo canta: Louve a Javé tudo o que respira/ Louvai a Javé! Aleluia!
• Cânticos de peregrinação ou dos caminheiros, canções, cujo conteúdo indica terem sido compostos em vista das peregrinações ao Templo, ao Monte Sião, a Jerusalém (Sls 119/120 até 133/134 e 62/63; 83/84; 94/95)
• Cânticos da liturgia do Templo, como os Salmos “de entrada”, ou os Salmos em que se questiona e se conclama o povo a respeito da fidelidade à Aliança (Sls 15; 23/24; 46/47; 57/58; 81/82).

327 Como eram e como são usados os Salmos?

As próprias indicações do Livro dos Salmos nos mostram que eles eram hinos e cânticos. Assim os Salmos devem ser, preferentemente cantados, como o propõe a liturgia da Igreja, que sempre escolhe um Salmo para meditar a 1ª leitura da Missa. O uso litúrgico – isto é o uso na oração oficial da Igreja – é constante, como também, até hoje, na liturgia judaica da sinagoga. Além da Missa, os Salmos aparecem nos chamados “Ofícios” ou “Liturgia das Horas”, usadas por muitos leigos e leigas, pelos religiosos e pelo clero.

 

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Nossa missão neste site:

Caminhando com Ele, com Cristo, é uma Revista de Espiritualidade, fruto da insistência amiga, quando deixei de ser o encarregado do “site”de Itaici, Vila Kostka, em dezembro de 2008.
Sou o Padre Jesuíta Raul Pache de Paiva, SJ, conhecido simplesmente como “Pe. Paiva”.
Nasci no Rio de Janeiro e tenho andado por muitos lugares e países. Talvez os mais distantes foram Austrália e Nova Zelândia.
No Brasil, conheci bem os sertões de Minas e Bahia, Marajó da floresta inundada e tenho ido a quase todos os Estados. Trabalhei em educação, também universitária, e dou cursos e retiros (em particular, conforme Santo Inácio de Loyola e seus “Exercícios Espirituais”).
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