Santo Alexandre Sauli (1534-1593)
11 de outubro
Há santos cuja memória a Igreja católica celebra, mas que são desconhecidos para a grande maioria dos fiéis. Um deles é Santo Alexandre Sauli. NO entanto, com apenas 17 anos, ele assombrou o povo no mercado de Milão, Itália, trepando numas caixas de verduras e falando de Deus e de como as coisas deste mundo são passageiras. Era de família nobre e abonada, pelo que mais surpreendeu o povo. Tinha deixado um cargo na corte do Imperador Carlos V – no que nos lembra seu conterrâneo, São Luís Gonzaga – e ingressado entre os Clérigos Regulares de São Paulo, conhecidos como “os Barnabitas”.
Ficou famoso também por uma memória fantástica. Conhecia partes inteiras da Suma Teológica de Santo Tomás de Aquino e obras dos Padres da Igreja. Extremamente devoto de Nossa Senhora, a ela se consagrou por um particular voto de castidade.
Foi ordenado padre em 1556, acompanhado por um confrade, cuja missão era fazê-lo descer do céu à liturgia terrestre, devido a seus frequentes êxtases. Logo foi eleito superior geral dos barnabitas, e, logo depois, foi feito Bispo por São Pio V, e consagrado por seu discípulo e amigo, São Carlos Borromeu, Arcebispo de Milão, sendo enviado à diocese de Aleria, Córsega, lugar pobre, problemático, com a Igreja desorganizada. Ele comentou apenas: “Aqui, pelo menos, Deus não nos faltará”. E trabalhou sem se cansar por 20 anos, socorrendo, pacificando, ensinando. Reconhecido como “anjo tutelar, pai dos pobres, apóstolo da Córsega”, foi transferido pelo Papa Gregório XIV para o continente, para diocese e Pávia. Não chegou a esquentar a nova cadeira episcopal, morrendo logo depois. Em 1904 foi canonizado.
Esperamos que em Córsega seja bem lembrado, mas ele, nos céus, sabe que a Igreja não o esquece. Peçamos por ele em favor das dioceses mal cuidadas e mal tratadas.