Jesus o Mestre dos Mestres
“Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”.
(Mt 11, 29)
“Jesus assumiu sua condição de Mestre, quando disse: Aprendei de Mim! Sua vida, seu exemplo, seu modo de viver e suas palavras sempre ensinaram a verdadeira sabedoria da vida Cristã”.
Há uma diferença entre “professor e Mestre”, “entre aluno e discípulo”. O professor ensina matérias como: matemática, psicologia, informática, etc. O aluno aprende do professor tais conteúdos. O Mestre por meio do exemplo de sua vida e por seus ensinamentos, forma, educa e ensina a verdadeira sabedoria de viver uma vida exemplar. O discípulo aprende a sabedoria de viver antes de tudo, do exemplo de vida do Mestre. Depois de seus ensinamentos. O professor forma pessoas para uma vida intelectual, social e profissional. O Mestre forma pessoas para uma forma de vida sábia, justa, honesta, exemplar.
Jesus escolheu os mais inusitáveis ambientes para apresentar seus ensinamentos: deserto, beira-mar, sinagogas, montes, jantares, festas, etc.
Jesus é o Mestre divino. Portanto, perfeito, irrepreensível. O exemplo de sua vida é o mais admirável e edificante. Ninguém como Ele… Jesus ensinava aquilo que Ele mesmo vivia. Seus ensinamentos, suas parábolas, suas lições de vida eram o reflexo de seu modo de viver. E seu viver era todo inspirado e iluminado por sua sabedoria divina.
Percorrendo os Evangelhos, encontramos inúmeras passagens onde Jesus se apresenta “como exemplo a ser imitado”! Disse: “Aprendei de Mim” que sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29). “Amai-vos uns aos outros” como eu vos amei” (Jo 15, 12), Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque Eu o sou. Logo, se eu, vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar-vos os pés uns aos outros. “Dei-vos o exemplo” para que “como Eu fiz”, assim façais também vós (Jo 13, 13 – 15).
É impressionante ler nos Evangelhos, como os adversários de Jesus, ao interrogá-lo, não o chamavam por seu nome, mas pelo título de “Mestre”. Cito apenas alguns exemplos, pois a palavra “Mestre” aparece 62 vezes nos quatro Evangelhos. “Nisto aproximou-se d’Ele um escriba e lhe disse: “Mestre”, seguir-te-ei para onde quer que fores ( Mt 8, 19). Alguns escribas e fariseus tomaram a palavra: “Mestre”, quiséramos ver-te fazer um milagre” (Mt 12, 38). “Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: “Mestre”, que devo fazer para ter a vida eterna?” (Mt 19, 16). “Um escriba perguntou: “Mestre”, qual é o maior mandamento da Lei?”(Mt 22, 36).
Jesus procura estratégias de não perder ninguém pelo caminho. A pedagogia de Jesus falava em parábolas, utilizava a realidade do dia-a-dia, usava todos os métodos para chegar a todos os povos, a todas as culturas, para que todos pudessem ter acesso.
O que adianta grandes títulos, grandes sabedorias, saber essa ou aquela outra língua, utilizar termos daqui e acolá, se não tivermos a capacidade de tornar compreensiva a mensagem de Deus e fazer com que essa mensagem chegue a todos e utilizar da capacidade do dom da sabedoria e do conhecimento para servir e construir.
A capacidade de chegar a todos não com a arrogância acadêmica, mas com a capacidade de amar com a academia que você possui. Muitas vezes nós temos o conteúdo, sabemos das coisas, somos inteligentes, mas não somos capazes de passar isso para as pessoas.
O que adianta a grande enciclopédia armazenada no nosso coração e na nossa mente se não somos capazes de passar isto para as pessoas.
Romper fronteiras para podermos chegar a tudo e a todos com uma única mensagem: a Evangelho. Aí sim, não é você que aparece, não sou eu, mas é Ele, o Mestre dos Mestres, através da capacidade que Ele nos deu dentro de uma liberdade de amar ou não, para fazer com que esse amor chegue a todos.
Eis aí a Escola do Mestre Jesus… Há vagas … Vamos efetuar logo a nossa matrícula se quisermos ser bons/as discípulos/as do Divino Mestre, sentir a força e a alegria de conhecê-lo, bem como todas as maravilhosas verdades por Ele ensinadas…
“Nenhum discípulo é maior do que o Mestre: e todo o discípulo bem formado será como o seu Mestre” (Lc 6, 40).
( Inspirado num texto de Pe. Alírio José Pedrini, SCJ e na fala de Pe. Emerson Anizzi ).
Ir. Teresa Cristina Potrick. ISJ